A onda de protestos na Líbia fez com que o governo bloqueasse totalmente o acesso à internet no país, de acordo com relatos de diferentes agências de notícias. O sinal da rede de TV árabe Al Jazeera também foi bloqueada, de acordo com informações da agência de notícias Reuters.
Os principais sites bloqueados, segundo a agência France Presse, foram os das redes sociais Facebook e Twitter, apontados por especialistas como um dos principais elementos na derrubada do presidente egípcio Hosni Mubarak. As redes sociais foram amplamente usadas para organizar e mobilizar os opositores ao regime de Mubarak.
O Facebook e o Twitter também foram usados para mobilizar manifestantes durante os protestos da agora chamada “Revolução de Jasmim”, na Tunísia, e que forçaram a saída do ditador Zine El Abidine Ben Ali, que governava o país desde 1987.
Mortes
De acordo com comunicado da organização não-governamental Human Rights Watch (HRW), as forças de segurança líbias mataram 84 pessoas durante os últimos três dias de protestos que reivindicam mudanças políticas e são realizados em várias cidades do país.
Segundo a organização, que baseia seus números em consultas telefônicas com hospitais e testemunhas, “as forças de segurança de Muammar Gaddafi dispararam contra os cidadãos que pedem uma mudança”, disse Joe Stork, responsável da HRW no Oriente Médio e no norte da África.
Em Benghazi, as forças de segurança matara na sexta-feira (18) 35 pessoas durante as manifestações de luto pela morte no dia anterior de 20 manifestantes nessa mesma cidade. Outras 23 pessoas foram mortas em Al-Baida, três em Ajdabiya e três em Derna, segundo a HRW.
A Anistia Internacional (AI) conta 46 pessoas mortas durante os protestos registradas na Líbia durante os últimos três dias e acusou as autoridades de "excessivo" emprego da força contra "manifestantes que pedem uma mudança política".
Segundo a AI, que cita fontes do hospital Al Jala, em Benghazi, 28 pessoas morreram ontem durante o "Dia da Fúria" nessa localidade e outras 110 foram feridas. Às vítimas fatais somam-se outras três em dias anteriores.
A organização conta ainda outras 15 vítimas na sexta-feira em Al-Baida, a 100 quilômetros de Benghazi. Os manifestantes exigem uma mudança política no regime, sob o poder deMuammar Gaddafi há 41 anos.
*Com agências internacionais
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